terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Movimentos horizontais da litosfera - da formação de riftes à formação de cadeias montanhosas

Dorsais oceânicas

São fronteiras em que as placas se afastam uma da outra, dando origem à formação de nova litosfera oceânica.

Formação de magma em limites divergentes
Os materiais do manto estão no estado sólido e a alta temperatura. Mas ao ascenderem, devido ao abaixamento e pressão, começam a passar ao estado líquido.

Morfoestrutura longitudinal das dorsais oceânicas
As dorsais encontram-se cortadas por falhas transformantes, devido à atividade intensa.

Morfoestrutura transversal das dorsais oceânicas
  • O vale do rifte tem profundidade e largura elevados. No seu interior existem falhas normais alinhadas paralelamente ao seu eixo;
  • No vale do rifte existe grande atividade vulcânica e sísmica, apresentam elevado fluxo térmico e expelem magma basáltico que permite a expansão dos fundos oceânicos.

Riftes continentais

  1. A instalação de um rifte continente decorre da ascensão de elevados volumes de material de origem mantélica (manto), provocando atividade vulcânica intensa, que leva à fratura da crusta terrestre. Tudo isto é caraterístico de um regime distensivo que origina um vale de rifte profundo com intensa atividade vulcânica;
  2. Ascensão contínua de magma basáltico provoca o estiramento da crusta, que se torna mais fina e de composição basáltica, formando a crusta oceânica;
  3. Forma-se uma depressão, chamada "graben" que será preenchida por água, originando um oceano no seu estádio menos evoluído. Dá-se a sua expansão e desenvolvimento. 
A divergência de litosfera continental conduz à formação de falhas normais. Esses movimentos levam à formação de "graben" (depressões) e "horst" (relevos).


Arcos insulares intra-oceânicos


Os arcos insulares encontram-se associados a fossas oceânicas no limite convergente entre placas oceânicas.
No choque entre duas placas oceânicas, a placa mais velha é a mais densa e sofre subducção. A integração desta placa numa zona de elevada temperatura origina fusão parcial formando magmas. A menor densidade e maior fluidez deste magma permite que este ascenda à superfície, originando as ilhas vulcânicas na placa oceânica.

Cadeias montanhosas

As montanhas continentais sempre causaram curiosidade aos cientistas, que procuravam explicar os processos que estavam na base da sua formação. Os processos de formação de montanhas designam-se por orogenia.

Cadeias de subducção

 Geram-se nos limites convergentes de duas placas litosféricas. Na subducção, a placa mais densa desliza sob uma placa menos densa. O mergulho de uma das placas origina a formação de uma fossa oceânica profunda. Ao ser transportada para profundidades elevadas, a placa sofre fusão parcial, formando magma básico. Os minerais do magma basáltico e os minerais do manto próximo fundem, formando um magma andesítico. Como o magma andesítico é menos dense ascende, podendo formar rocha vulcânica ou plutónicas. Estes processos permitem explicar o paralelismo entre a fossa oceânica e os episódios vulcânicos que se geram à superfície na placa oposta.
A pressão exercida pela convecção e subducção resulta no enrugamento e erguimento da crusta terrestre, o que leva à formação da cadeia.

Cadeias de obducção

Geram-se nos limites entre uma placa continental e uma placa oceânica. Na obducção, alguns fragmentos da crusta oceânica são transportados para cima da crusta continental. Ocorre maioritariamente em situações em que a crusta oceânica esté entre duas continentais. Esta rocha sofre esmagamento porque houve choque entre as duas continentais e há formação de rocha metamórfica.
É devido a este processo que se verificam rochas basálticas e/ou fósseis marinhos em montanhas elevadas, porque houve transporte de uma parte da crusta oceânica para cima da crusta continental.

Cadeias de colisão

Formam-se no choque entre duas placas continentais. O choque entre ambas as placas provoca a cotração e erguimento dos materiais da litosfera, formando altas montanhas. Não ocorre subducção porque ambas as placas têm a mesma densidade. Um dos exemplos mais importantes deste processo é a formação dos Himalaias.

Cadeias intracontinentais

As cadeias montanhosas não se formam apenas nos limites das placas litosféricas. A deformação tectónica também está presente dentro dos continentes, com regimes compressivo que provocam o espessamento da crusta. Este processo forma as dobras e as falhas. A formação de falhas permite erguer os blocos rochosos e formar as cadeias montanhosas.

Bacias sedimentares 

 Bacias sedimentares são depressões da superfície terrestre, nas quais se depositam sedimentos. Estes formam-se devido ao afundamento da litosfera por um processo de subsidência.

Bacias associadas a riftes (bacias de estiramento)
A instalação de um rifte provoca o estiramento da crusta e a formação de bacias sedimentares.

Bacias de margem passiva
A subsidência ao longo de uma margem passiva de uma placa provocao afundamento dos estratos sedimentares e permite a acumulação de mais sedimentos.

Bacias associadas a zonas de subducção
A formação de fossa oceânica cria uma depressão que será preenchida por sedimentos.

Bacias associadas a arcos insulares
A subducção da placa oceânica provoca o arrastamento e afundamento da outra placa que contém o arco insular, formando entre eles uma bacia sedimentar.


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