terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Métodos de datação físicos

Para além do registo estratigráfico e biostratigráfico, os cientistas também recorrem a métodos físicos para datar os princípais acontecimentos da História da Terra. Estes métodos permitem uma datação absoluta e baseiam-se no decaimento radioativo de alguns elementos químicos presentes no nosso planeta - Datação radiométrica - ou na magnetoestratigrafia.

Decaimento radioativo

O decaimento do isótopo-pai potássio-40 (K-40) no isótopo filho árgon-40 (Ar-40) é muito usado para a datação das rochas e minerais presentes na Terra. O átomo de potássio possui uma razão reduzida entre neutrões e protões, captando um eletrão, transformando um protão num neutrão. Neste processo o K-40 converte-se em Ar-40, que é mais estável.

O tempo que demora a que metade dos núcleos dos elementos instáveis sofram decaimento designa-se por tempo de semivida. Se conhecermos o tempo de semivida de um isótopo, e após determinarmos as proporções do isótopo-pai e do isótopo-filho, é possível calcular o tempo de decaimento numa determinada rocha e assim obter a sua idade.

Magnestostratigrafia

Este método baseia-se no pressuposto de que os minerais com propriedades magnéticas são capazes de registar a orientação do campo magnético, no momento em que se formaram, a partir da cristalização de um magma. Podem apresentar uma polaridade normal, quando o norte magnético coincide com o norte geográfico ou polaridade inversa, quando o norte magnético se orienta para o sul geográfico. O registo do campo magnético mantém-se após a cristalização.

Os geólogos começaram por estudar o registo paleomagnético de depósitos vulcânicos continentais cuja idade tinha sido determinada por datação radiométrica. Como estes depósitos possuíam idades diferentes, foi possível elaborar uma escala magnetostratigráfica.
Quando se pretende datar uma rocha com base no paleomagnetismo é necessário identificar o registo magnético que possui, bem como o dos estratos adjacentes. O padrão que se obtém é depois comparado com a escala magnetostratigráfica, determinando-se a sua idade absoluta. Este procedimento é muito utilizado para datar rochas magmáticas, e sedimentares pois é difícil determinar a idade destas com base na datação radiométrica.

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