sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Cartografia geológica

As cartas geológicas são mapas que apresentam os principais aspetos geológicos superficiais ou do subsolo, de uma dada área. Para representar os diferentes elementos (rochas, idade, estruturas, construções antrópicas, etc.) usam-se cores e símbolos distintos.
A análise destas permite interpretar melhor os paleoambientes e é fundamental no planeamento e no ordenamento do território. A deficiente caraterização geológica pode levar à ocorrência de acidentes.Para além de nos darem a conhecer os principais tipos de rochas à superfície numa dada região, estas também fornecem indicações importantes sobre a posição das rochas em profundidade, sendo essenciais para as seguintes atividades:

  • Pesquisa e exploração de recursos naturais;
  • Estudos de impate ambiental;
  • Previsão e minimização dos riscos naturais, como por exemplo a atividade sísmica, vulcânica, cheias e movimentos em massa;
  • Estudos de engenharia relativos à instalação de grandes obras;
  • Estudos científicos e didáticos.


Uma carta geológica é constituído por:
  • A escala;
  • A legenda;
  • A orientação;
  • A identificação.

Legenda 

Tradução sob a forma escrita de simbologia usada sobre a carta (de elementos topográficos ou geológicos). Permite-nos fazer uma boa leitura.

Escala

Traduz uma relação entre as distâncias medidas na carta e as correspondentes distâncias medidas sobre o terreno. A escala de uma carta pode ser representada sob a forma de escala gráfica ou de escala numérica.






 

 

Orientação

Corresponde à representação da rosa-dos-ventos sobre a carta.


Identificação

Fornece-nos elementos sobre o tipo de carta e sobre a sua correta localização.


Cartas topográficas

As cartas topográficas são representações de objetos numa superfície de duas dimensões, no qual o relevo é representado por linhas que unem pontos com a mesma altitude - curvas de nível. Nestas cartas cada curva de nível encontra-se identificada com a correspondente altitude (altimetria). A distância entre os planos horizontais designa-se por equidistância vertical e varia em função da carta topográfica. Se são representadas as curvas de nível 80, 100, 120, 140, a equidistância será de 20 metros. De cinco em cinco curvas é representada uma curva-mestra através de um traço mais grosso e com indicação da cota. Os vales com linhas de água identificam-se pelas curvas de nível com a convexidade voltada para a cota mais elevada. Por sua vez, as linhas de cumeada apresentam-se representadas por curvas de nível com a convexidade voltada para a cota mais baixa. 



Relação entre as curvas de nível e as linhas de água e de cumeada













Para além do relevo, nas cartas topográficas atmbém devem constar todas as particularidades naturais ou artificais que existem na superfície da área em estudo (planimetria). Destacam-se:
  • As linhas de água; 
  • As vias de transporte;
  • As construções antrópicas;
  • Aspetos naturais (rios, penhascos);
  • Geografia políica (limites de conselhos, freguesias).
São representados por símbolos, linhas ou cores convencionadas. As medidas dos objetos no plano são reduzidos de forma proporcional à realidade, numa relação representada pela escala da carta, que deverá ser sempre indicada.
Todas as cartas devem possuir a orientação geográfica, sendo comum referir-se o norte geográfico e o magnético, indicando a declinação magneto-geográfica presente no momento em que a carta foi elaborada e a respetiva variação anual.